16/02/18

A essência de Filipe Catto

Com dez faixas, Catto traz uma sonoridade que vai do rock ao samba, da batida eletrônica ao suingue brasileiro (Foto: Lorena Dini)

“Em tempos tão sombrios e cruéis com o indivíduo, tanto na política como na sociedade, ser uma pessoa que acredita no lado sutil e sensível é o maior grito de guerra que eu posso dar”. É com esse espírito livre e revolucionário que Filipe Catto lança o terceiro álbum da carreira e segue pelo Brasil com a turnê O Nascimento de Vênus.

Definição é uma palavra que não cai muito bem nesse trabalho. Intitulado Catto, o disco apresenta um artista mais transparente e livre, que aposta em novas experiências musicais, diferenciando-se da sonoridade encontrada em Fôlego (2011) e Tomada (2015). “O disco fala sobre ser você mesmo a qualquer custo com bom humor, leveza, paixão e entrega. É um disco sobre estar feliz na sua própria pele”, afirma o cantor em entrevista à Rádio Universitária FM.

Catto foi lançado nas plataformas digitais em dezembro de 2017 e chega às lojas em um ano marcado pela disputa eleitoral. Quando perguntado sobre a importância da arte neste ano tão decisivo, Filipe Catto não hesita e assegura que é da arte a função de apontar para o florescer do individuo. “A arte vai nos sensibilizar para fazermos o que queremos e não o que nos é imposto. Estamos em uma sociedade onde o ter as coisas é importante e o ser não é nada. O ser humano tem um poder interno infinitamente maior que os jornais, a tv ou a ciência podem explicar”, reforça.

Em paralelo à divulgação do seu terceiro álbum, Filipe Catto encontra tempo para participar de outros projetos. O cantor é o convidado de Adriano Grineberg para participar do show Blues for Africa que integra a programação do 19º Festival Jazz & Blues e acontece nesta sexta-feira (16/02), às 19h, no Cinetatro São Luiz em Fortaleza (CE). Amigos há muitos anos, Filipe se diz feliz com a oportunidade de cantar um repertório tão devocional como esse. “A ligação dos artistas brasileiros com a África é muito profunda e verdadeira. A África ensinou tudo que a gente sabe de música nesse país”, celebra Filipe Catto.

Ouça a entrevista* com Filipe Catto:

*Esta entrevista foi concedida por telefone no dia 07 de fevereiro de 2018.

A seção Entrevista teve produção e apresentação de Carolina Areal; operação de áudio de José Raimundo Lustosa; coordenação de Caio Mota; e direção de Nonato Lima.

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