13/05/16

Sexta-feira 13: Ofélia de Los Álamos ou A Balconista Misteriosa

Imagem da casa em Manhattan (EUA) onde se reunia o Grupo dos 13. O grupo ficou conhecido por ridicularizar superstições durante seus encontros, principalmente a sexta-feira 13, mas acabou contribuindo para difundir as crendices acerca da data
Foto: Reprodução/Internet

Pé de coelho. Trevo de quatro folhas. Apanhador de sonhos. Não importa qual, mas você deve ter ou conhecer quem tenha a sua própria receita contra o azar e as más energias. Em nosso calendário, por exemplo, há uma data que mobiliza céticos e supersticiosos, e que, volta e meia, retorna para nos assombrar: a sexta-feira 13.

Sempre que um mês começa no domingo, pode se preparar, vem aí uma sexta-feira 13. A data, comemorada com festa em alguns lugares do mundo, como Portugal, é alvo de inúmeras crendices populares que atribuem ao dia características sombrias e nada otimistas - cruzar com um gato preto, passar por debaixo de uma escada, quebrar um espelho e derrubar um saleiro são apenas alguns dos eventos que, dizem, se acontecidos nesse momento, lançam sobre o indivíduo um grande azar.

Mas nem só de lenda vive o dia. Durante o percurso para se transformar no que é, a sexta-feira 13 foi tema de diversas produções artísticas. Por exemplo, ainda em 1907, o escritor Thomas Lawson publicou o livro Sexta-Feira 13, que conta a história de um corretor de Wall Street que se aproveita da ocasião homônima para manipular o valor das ações, enganar seus colegas e deixá-los na miséria.

Na única sexta-feira 13 de 2016, a Rádio Universitária FM relembra, na seção Memória desta semana, uma produção especial que deixou muita gente de cabelo em pé, a radionovela non-sense Ofélia de Los Álamos ou A balconista misteriosa. O enredo, narrado por Franzé Rodrigues, acompanha a história da marquesa Fabíola de Montparnasse, por quem o técnico Silvio Silva se apaixona, e gira em torno do misterioso assassinato de uma personagem-chave, o que envolve um complexo conflito de interesses.

A trama, dividida em 5 capítulos, é repleta de referências locais, passeando entre a tragédia, a comédia e o surreal. Escrito por Artur Guedes, dramaturgo e servidor da Universitária FM, o texto nasceu como uma fábula ao conflito de classes e foi construído durante um período de greve. O elenco, que muitas vezes se revezava em mais um papel, foi composto por Haroldo Aragão, Marta Aurélia, Jorge Odara, Ana Emília, Fred Miranda, Leovigilda Bezerra, Luís Carlos Fonteles e Artur Guedes. A sonoplastia ficou por conta de Carlos Calvet.

E você, acredita que a data tem más energias, pode trazer azar? Por via das dúvidas, já preparamos nossas mandingas. Afinal, você sabe o que dizem, né? Sexta-feira 13, as bruxas estão soltas...

Confira o primeiro capítulo da radionovela Ofélia de Los Álamos ou A balconista misteriosa:

Artur Guedes
1957  2006

Artur Guedes nasceu em 1957 em Acopiara.  Formado em psicologia, em 1990, pela UFC, iniciou sua carreira artística ao passar pela Faculdade de Medicina na década de 1970. Foi dramaturgo, diretor teatral, roteirista, poeta, ator e radialista. Escreveu as peças A Filha de Hipócrates, Ao Tirano com Amor e Labirinto. Já na década de 1980, esteve à frente de diversos espetáculos, projetos e realizações em espaços alternativos. Você pode ver o Memória especial completo em homenagem a Artur Guedes aqui.

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