23/03/16

Fernanda de Camargo Moro fala sobre Museologia Moderna

O mês de março inicia um ciclo de homenagens, entrevistas e memórias sobre as mulheres e com a fala da mulher em evidência no Site da Universitária FM. O Memória, assim como o Ceará Sonoro e a sessão Entrevista, busca, neste mês, a opinião e o pensamento da mulher sobre a mulher em diversos setores e valores; o pensamento, as escolhas e as problemáticas de ser mulher na contemporaneidade brasileira.

No dia 13 de Junho de 1986, o programa Opinião recebeu Fernanda de Camargo Moro, museóloga, presidente do comitê brasileiro do Conselho Internacional de Museus, membro do conselho executivo e diretora da comissão de políticas regionais do Conselho Internacional de Museus.

Fernanda fala sobre Museu em face ao mundo de hoje e sobre o assunto, a museóloga é categórica: "A Museologia moderna é um caminho novo pros museus. O museu tem uma responsabilidade enorme com a humanidade, como preservador das tradições e dos bens culturais. (...) Grande partes dos museus não só não cumprem a sua obrigação de preservadores do patrimônio de maneira física e deixam esse patrimônio ser destruído dentro deles mesmo, como eles não documentam nem dinamizam."

Para Fernanda, é preciso pensar na saúde dos bens culturais. Pois, o que foi pesquisado deve ser exposto de forma séria e dinâmica e é fundamental inovar na área de exposição. "O essencial é fazer o público participe." Fernanda culpa as exposições por serem fracas, elas deveriam discutir o assunto e dizer alguma coisa para às pessoas que visitam pelo passeio.

Enquanto equipamento cultural, o museu há de buscar o que "atinge o povo", as manifestações autênticas de um lugar. Fernanda fala sobre uma experiência em que o museu local só contava com réplicas. A museóloga asserta que se a exposição é uma manifestação autêntica de uma verdade do local ao qual se visita, quanto mais legítima e genuína a exposição for, mais o povo irá ao museu. Se o museu falha neste processo, Fernanda fala "nós temos que convir que o mercado é e vai ser sempre o maior ponto de contato cultural do mundo. Sempre o mercado."

A museóloga e pesquisadora pensa a pesquisa no Brasil dentro dos museus como deficiente. "Quando a pesquisa é fraca, as exposições são fracas e quando a exposição é fraca, o público não vai."
É preciso sacudir o museu no Brasil para Fernanda Moro.

Escute a entrevista abaixo:

"O caminho é a abertura de um leque que possibilite tudo!
Que todas as pessoas vão lá encontrar suas mensagens!"

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