Se engana quem pensa que mulher no pedal é algo novo. A relação entre as mulheres e a bicicleta é bem antiga, mais precisamente deste o século XIX, quando as americanas e as francesas passaram a reivindicar o direito de se locomover de bike. Foi um processo de liberdade, que modificou a forma de se deslocar e até de se vestir, já que as roupas daquela época limitavam a movimentação das mulheres sobre duas rodas.
À época, elas também sofreram com o pensamento machista e conservador da sociedade, que não aceitavam a nova autonomia das mulheres e a liberdade que elas passariam a ter. Até hoje, as mulheres enfrentam muitos desafios no trânsito das cidades, seja pela falta de infraestrutura (ciclofaixas e ciclovias, por exemplo), como as tentativas de assédios.
Para encorajar as meninas a ganharem as ruas, vários grupos surgiram em Fortaleza com a finalidade de reunir as experiências de mulheres que pedalam ou que gostariam de pedalar. É o caso do grupo Pedalzinho das Minas que comemora, em 2017, um ano de existência. Para celebrar essa data, o grupo vai realizar o evento "Ciclofeminismo em pauta - Os desafios da mulher no trânsito", que vai ocorrer entre os dias 02 e 05 de junho, na Universidade Estadual do Ceará (UECE). "A melhor forma de comemorarmos é levando a questão de gênero e a bicicleta para dentro da universidade", afirma Catarina Silver, integrante do grupo Pedalzinho das Minas.
Catarina Silver conversou sobre esses assuntos com a jornalista Carolina Areal para a Revista da Educação. Ouça a entrevista* completa:
*A entrevista foi ao ar no programa Revista da Educação, veiculado nos dias 20 e 21 de maio, na Rádio Universitária FM.
