09/08/17

Preservação da Amazônia no Ecologia sem Fronteiras

De acordo com Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), 8.000 km² foram desmatados entre 2015 e 2016 (Foto: Reprodução/Internet)

Em 40 anos, a Floresta Amazônica perdeu uma área equivalente a três vezes o tamanho do estado de São Paulo, segundo o relatório Futuro Climático da Amazônia. A discussão sobre a temática é antiga. Há quase 30 anos, em 1988, o programa Ecologia sem Fronteiras já debatia a questão, alertava sobre o descaso do Governo Federal em relação ao combate à exploração desenfreada dos recursos naturais e questionava os dados oficiais divulgados na época, que davam conta de um número inferior à real dimensão do problema.

No mesmo ano de veiculação do programa, a pressão internacional, o aumento das estatísticas de desmatamento e os preparativos para a conferência ECO-92 levavam o governo a solicitar ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) a implantação de um sistema de monitoramento anual na Amazônia. Especialistas convidados do programa Ecologia Sem Fronteiras, como o então vice-diretor do Instituto de Pesquisas da Amazônia (INPA), Herbert Schubart, apontavam como solução a necessidade de uma utilização mais consciente dos recursos naturais. “Nós temos que investir mais, aprender mais a manejar a floresta para tirar dela os recursos sem destruí-la”, ressalta.

O aumento da temperatura nos grandes centros urbanos também foi um aspecto abordado no programa. Na ocasião, a geógrafa Magda Lombardi afirmou que a raiz do problema estava na alta carga de poluição e nas intensas atividades que colaboravam na formação das chamadas ilhas de calor. “A atividade industrial,  o calor do asfalto, concreto, população, enfim, todos esses fatores urbanos vão favorecer uma concentração de temperatura na cidade”, explica.

No entanto, todo esse contexto ainda se mantém nos dias atuais. Segundo relatório divulgado em 2014 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o impacto dessas atividades reverbera diretamente sobre a saúde da população, tendo sido fator responsável pela morte de 3,7 milhões de pessoas com faixa etária inferior a 60 anos no intervalo de um ano.

O programa Ecologia sem Fronteiras com o tema O Desmatamento e Inversão Térmica foi veiculado no dia 23 de julho de 1988,  com co-produção de Voz da Alemanha - Cultura de São Paulo e operação de áudio de Paulo Frazão.

 

Últimas postagens

Sua formação literária teve início ainda nos primeiros anos como estudante, porém, fez mestrado em administração pública e ciências políticas na University of Southern e deu aulas na Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Foto: Biblioteca de São Paulo)
Memória: História do escritor João Ubaldo Ribeiro
A Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) foi fundada em 1961 e batizada em homenagem ao General Augusto César Sandino, que lutou contra a ocupação estadunidense. Ele foi assassinado por Somoza García em 1934 (Foto: Reprodução/Internet)
Revolução na Nicarágua foi tema de programa em 1990
O Centro de Debates discutiu a preservação do patrimônio histórico de Fortaleza. O programa foi ao ar em março de 1985 (Foto: Fabiane de Paula/SVM)
“Cidade e Memória” foi pauta de programa em 1985
(Foto: Reprodução/Internet)
Lino Villaventura no programa Entrevista de 1993
Rita de Cássia tem mais de 500 composições de forró, entre elas os clássicos "Meu Vaqueiro, Meu Peão", "Anjo de Guarda", "Saga de um Vaqueiro" e "Brilho da Lua" (Foto: Emanuel Silva)
Cantora Rita de Cássia foi entrevistada no Ceará Sonoro

Deixe uma resposta

*