18/07/17

Revista da Educação debate influência dos jogos no comportamento

O jogo Assassin's Creed retrata a rivalidade entre duas sociedades secretas tendo como pano de fundo elementos históricos (Foto: Divulgação)

Viver na pele de um combatente da primeira guerra mundial, integrar uma sociedade secreta na época da Revolução Francesa ou levar uma vida paralela em mundo semelhante ao real. Muitos são os atrativos das realidades alternativas proporcionadas pelos jogos eletrônicos e a pergunta que fica é: até onde isso influencia nosso comportamento no mundo real? Entre os jogos de maior sucesso, títulos como Call Of Duty, Battlefield e Assassin's Creed, trazem aspectos violentos dentro de suas narrativas, com objetivos que quase sempre envolvem a utilização de armas ou estratégias de ataque. A discussão sobre o impacto dos jogos é recorrente entre especialistas e foi tema de reportagem na última edição da Revista da Educação.

Segundo Lynn Alves, professora e pesquisadora da Universidade do Estado da Bahia, as influências trazidas pelos games não determinam que os jogadores venham a reproduzir as mesmas ações no mundo real. “Essas influências, sejam para o bem ou para o mal, dependem do background do sujeito, das vivências, das experiências... É da subjetividade do sujeito.” Ela pontua que, havendo tendências a esses comportamentos, é possível que as ações venham a ser externadas nos ambientes virtuais e reais, porém os jogos não são determinantes para isso.

Entre os aspectos positivos, a especialista relata que outros elementos por trás das histórias podem despertar o interesse daqueles que jogam. Lynn destaca o caso do jogo Assassin’s Creed: Unity, da franquia de mesmo nome e que traz como pano de fundo a Revolução Francesa. Para ela, momentos que pedem tomadas de decisões podem vir a exigir do jogador a necessidade de buscar conhecimento sobre aquele fato histórico que envolve a narrativa. Além disso, a pesquisadora destaca que os jogos servem como elemento de catarse, que possibilita à quem joga liberar as tensões inerentes do cotidiano.

Esta edição da Revista da Educação também trouxe reportagens sobre a situação das Rádios Estudantis e as dificuldades na realização de cirurgias de transplante no Brasil. No quadro Eureka, a professora da Faculdade de Educação, Ercília Maria Braga de Olinda, fala sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá e sua luta pela liberdade de crenças. Na entrevista do Papo Reto, a conversa é sobre Literatura Africana, com Stélio Torquato, professor-adjunto do programa de pós-graduação em Letras da UFC. A versão estendida da entrevista também pode ser conferida na playlist do programa:

A Revista da Educação vai ao ar aos sábados, às 15h, com reprise aos domingos, no mesmo horário na Rádio Universitária FM. Esta edição contou com apresentação de Caio Mota; produção de Victor Comenho e dos estudantes do Curso de Jornalismo da UFC Claryce Oliveira, Karine Nascimento e Lucas D'Paula; e operação de áudio de José Raimundo Lustosa.

 

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