07/06/21

UFC participa de projeto Florestas de Animais Marinhos

O projeto intitulado “Florestas de Animais Marinhos do Mundo”, em tradução para o português, será coordenado por Sergio Rossi. Ele é professor visitante no Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais do Labomar - Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (Foto: Reprodução/Internet)

Durante cinco anos, mais de 80 pesquisadores de 36 países vão formar uma rede para aprofundar o conhecimento sobre os biomas mais extensos do planeta: as Florestas de
Animais Marinhos. Pesquisas, intercâmbios e uma série de atividades que serão promovidas por esta rede fazem parte de um projeto aprovado pela COST, entidade europeia que financia iniciativas de cooperação em ciência e tecnologia.

O projeto intitulado Florestas de Animais Marinhos do Mundo, em tradução para o português, será coordenado por Sergio Rossi. Ele é professor visitante no Programa de
Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais do Labomar - Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará.

As Florestas de Animais Marinhos abrigam grande parte da biodiversidade dos oceanos. Algumas começam nos recifes de corais, próximos à superfície, e se estendem até 5 mil metros de profundidade, bem distantes dos nossos olhos. Sergio Rossi chama atenção para a demanda de conhecimento e preservação dessa biodiversidade, sintonizado com a proposição da Organização das Nações Unidas em tornar esta a Década dos Oceanos:

"É preciso pensar que a totalidade do fundo dos oceanos é muito pouco conhecida. Esse é um passo que, nesta Década dos Oceanos, temos que promover. Temos que entender o que há no fundo do mar, não só do ponto de vista topográfico e geológico, mas, sobretudo, do ponto de vista do habitat. Quer dizer: onde estão os organismos? Como eles estão distribuídos de acordo com suas necessidades e suas chances de sobrevivência? Que organismos estão associados a essas florestas de animais? E, sobretudo, qual é o seu estado de saúde? Principalmente em todos aqueles locais onde se sabe que houveram impactos diretos, por exemplo, como a pesca de arrasto, a mineração etc. E também para prever como essas florestas de animais essenciais para o funcionamento dos oceanos serão transformadas com as mudanças climáticas."

A expectativa de Rossi e da equipe é de que as ações do projeto permitam melhorar o estado de saúde das Florestas Marinhas, unificando esforços para o manejo, a recuperação e a conservação desses biomas. A UFC, através da atuação dos pesquisadores do Labomar, terá papel central no desenvolvimento do projeto. O coordenador Sergio Rossi conta com um histórico de colaboração científica do Instituto nos últimos nove anos, dentre outros aspectos de relevância da universidade para esta parceria:

"Será importante porque, além disso, no Labomar existem muitos especialistas, não só em Florestas de Animais Marinhos, como em outras disciplinas que podem facilmente ajudar a criar esse quadro, a criar essas condições para o conhecimento de como funcionam, como eles são distribuídos, e como essas florestas de animais são geralmente recuperadas. Portanto, a Universidade Federal do Ceará tem um papel muito importante."

O projeto está previsto para começar em setembro deste ano e todas as informações geradas serão disponibilizadas em uma página na internet para divulgação científica e
interação com a sociedade.

Raquel Dantas para a Rádio Universitária FM.

Tags:, ,

Deixe uma resposta

*