18/07/16

Professor da UFC desenvolve equipamento de tratamento de água a baixo custo

Foto: Divulgação

O professor José Capelo Neto, coordenador da Seção Laboratorial de Qualidade da Água do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará (UFC), desenvolveu, em uma parceria com a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), um equipamento de tratamento de água de baixo custo com capacidade de atender comunidades de até 20 famílias.

O projeto Filtração Rápida em Múltiplas Etapas Aplicada a Pequenas Comunidades do Semiárido é desenvolvido na Estação de Tratamento de Água (ETA) do
Gavião, no município de Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza. O método, além de barato, cumpre os requisitos da qualidade da água para consumo humano, o que
viabiliza sua aplicação. Outra vantagem é a facilidade de instalação, já que os componentes do equipamento podem ser comprados prontos e só precisam ser montados.

O processo funciona em várias etapas. Na primeira, filtros de pressão de piscina são conectados em série e postos em corpos hídricos como açudes ou lagoas, de modo a tratar a água. Até então, os resultados da pesquisa se mostraram eficientes não só pelo baixo custo, mas também pela redução do consumo de água na manutenção do equipamento. No geral, uma estação de tratamento de água de grande porte chega a usar 30% do próprio recurso hídrico, enquanto o método de filtração rápida utiliza entre 4 e 8%, dependendo da qualidade inicial da água.

Além de Capelo, integram a equipe de pesquisa o engenheiro Fernando Victor Galdino Ponte, do Sistema de Saneamento Rural da Cagece; a estudante de Engenharia Ambiental e bolsista de extensão da universidade, Helísia Pessoa Linhares; o docente Carlos Pestana, pesquisador da Robert Gordon University (Escócia); e Samylla Oliveira, mestre em Engenharia Ambiental pela UFC.

O projeto, que deve ser concluído até o final deste ano, ainda não conta com um plano para disseminar o equipamento pelas comunidades do semiárido do interior do Estado, assim como planejado. A ideia é que o método seja patenteado e colocado sob domínio público, de modo que as populações possam reproduzir e se beneficiar com seus resultados.

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