27/04/19

Coral: espetáculo e inclusão social

No mês de maio o coral do Instituto de Cultura e Arte da UFC apresenta o espetáculo “Fé”. (Foto: Divulgação).


No mês de maio o coral do Instituto de Cultura e Arte da UFC apresenta o espetáculo “Fé”. O repertório traz canções que passeiam pela diversidade de crenças, indo desde o catolicismo, até religiões de matrizes africanas e indígenas. As músicas abordam a religiosidade a partir da filosofia.

A temporada conta com oito apresentações no Teatro Universitário da UFC, e a última apresentação acontece no Theatro José de Alencar, no dia trinta de maio, às 20 horas. Os ingressos estão disponíveis a vinte reais, a inteira, e dez reais a meia entrada.

O processo para a produção de um espetáculo de coral não é fácil, envolve muito ensaio e dedicação. O regente responsável pelo espetáculo “Fé”, Gabriel Cintra, explica um pouco sobre a preparação dos cantores.

“No coral do ICA nós fazemos três ensaios semanais que são ensaios de voz, segunda, quarta e sexta das 12h45min até às 14h [...] a primeira meia hora é de aquecimento vocal onde são feitos exercícios que vão trabalhar questões específicas do naipe, desde afinação, respiração, colocação da voz, tudo isso é trabalhado com mais enfoque nesse primeiro momento. No segundo momento é ensinada uma música nova para o coral”.

Gabriel Cintra afirma que o naipe, ou seja, o tipo de voz, varia de acordo com a vontade do arranjador. quem arranja a peça reescreve uma música que já existe, utilizando-se de outros instrumentos e das habilidades dos cantores. Ficou interessado(a)? o regente do espetáculo também fala sobre quem pode participar de um coral e os tipos de vozes que compõem o grupo. “Qualquer pessoa pode participar de um coral, especialmente se não for o caso de um coral profissional. Na UFC, por exemplo, temos sete, oito corais e são todos abertos à comunidade”.

Além da produção cultural, o coral também pode abrir novas oportunidades para seus integrantes. O Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, por exemplo, utiliza o coral para ampliar os horizontes de muitos jovens. O coordenador musical da fundação, João Paulo Nobre, fala sobre a importância social desse projeto.

“Nosso objetivo é a transformação social por meio do ensino, da educação em música, karatê e esporte. Os educandos são de duas áreas: da Messejana, na Casa de Alencar em parceria com a Universidade Federal do Ceará e o nosso núcleo sede que é no Passaré. A gente acredita que a música e o canto coral é capaz de trazer empoderamento, aumento de autoestima, além do conhecimento artístico, musical e técnico”.

Coral Vozes de Iracema é o nome do grupo do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza. Por meio de suas apresentações, jovens entre 13 e 18 anos podem colocar em prática todo aprendizado adquirido no período das atividades, mostrando que o canto é coisa séria.

Reportagem de Calianne Celedônio com orientação de Thaís Aragão e Igor Vieira.

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