Cena do longa-metragem "Hoje", do diretor Alain Gomis
Foto: Reprodução/Internet
Tem início nesta quarta-feira (16), a partir de 18 horas, a IX Mostra Internacional de Cinema Africano - Migrações, Cultura e Movimentos Sociais. Sob coordenação do professor Franck Ribard, o evento, que se propõe a abordar os múltiplas aspectos do continente africano sob a ótica das câmeras, é realizado no Auditório do Curso de História da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Campus Benfica.
Com a proposta de estimular o debate por meio do poder imagético da sétima arte, a Mostra aborda, nesta edição, uma África fragmentada em suas inúmeras realidades, dentre as quais os movimentos migratórios e sociais. Cada exibição é seguida de debate com convidado acerca daquele tema, cuja ideia é apresentar ao público uma produção rica e diversa, dos pontos de vista estético e temático, e no entanto pouca divulgada.
Para abrir a Mostra, foi selecionado o longa senegalês Hoje (2012), do diretor Alain Gomis, que acompanha as desventuras de um homem em seu último dia de vida; e a seguir um debate com a professora do Núcleo das Africanidades Cearenses (NACE), Sandra Petit. Logo mais, são exibidos o documentário sobre rap no capital do Togo, Vibração na nossa cabeça (2009), de Kassim Sanago; e o curta Bon Voyage Sim (1966), do realizador nigeriano Moustapha Alassane; seguidos pelo debate com Zelma Madeira, coordenadora especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial do Estado do Ceará.
Na quinta (17), a programação segue com o drama argelino Viagem a Argel (2009), do diretor Abdelkrim Bahloul, baseado na história real de uma viúva que luta para proteger sua casa no conturbado período pós-independência, e debate com Juliana Holanda (Secult); o documentário Mozambique, journal d'une indépendance (2003), de Margarida Cardoso; e o minidoc senegalês Papa (2006), da cineasta Aïcha Thiam, ambos debatidos pelo professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia-Afrobrasileira (Unilab), Luis Tomás.
O encerramento, na sexta-feira (18), fica por conta do documentário Memórias entre duas margens (2002), de Fréderic Savoye e Wolimité Sié Palenfo, que revisita a história da colonização francesa em Burkina Faso; com debate conduzido pelo professor Hilário Sobrinho, da Faculdade Ateneu. Então, a Mostra finaliza com os média-metragens Barcelona ou a Morte (2008), de Idrissa Guiro, sobre história de um barqueiro transportador de refugiados, e Yiri Kan (1989), de Issiaka Konaté, relato da tradição de um grande músico popular burkinense. Estes serão debatidos pelo congolês Bas'Ilele Malamalo, professor da Unilab.
Trailer feito por fãs. Sem legendas.
O evento tem o apoio da Cinemateca da Embaixada da França, que disponibiliza seu acervo para instituições culturais brasileiras que desejem realizar exibições gratuitas. Durante o império colonial francês, o país chegou a dominar mais de 20 nações e territórios africanos, constituindo uma grande população francófona. Desse modo, a Cinemateca se dedica a preservar obras francófonas pelo mundo, como as exibidas na Mostra.
Serviço
IX Mostra Internacional de Cinema Africano - Migrações, Cultura e Movimentos Sociais
16 a 18 de novembro | A partir das 18 horas
Auditório do Curso de História da UFC - Centro de Humanidades II
(Av. da Universidade, 2683 - Benfica)
Mais informações: Página do evento no Facebook
Entrada franca