16/06/17

Zé Testinha e o Cangaço nas Festas Juninas

Zé Testinha tem apreço pela cultura junina desde criança. A paixão o levou a criar uma das quadrilhas mais tradicionais do Ceará. (Foto: Igor de Melo/Vós)

Há 41 anos, em 1976, um grupo de adolescentes do bairro Vila União, em Fortaleza, viria a formar um dos principais grupos de quadrilha junina da atualidade. O Arraiá do Zé Testinha* surgiu de uma brincadeira entre amigos e, desde então, constrói uma trajetória de memória, tradição e alegria. Seu criador, Reginaldo Rogério, conta que no início não esperava que seu arraiá fosse tomar proporções tão grandes.

É de seu fundador, inclusive, que a quadrilha tira seu nome. Conhecido desde criança como "testinha", a irmã de Reginaldo inscreveu o antigo "Grupo de Jovens da Vila União" como "Quadrilha Zé Testinha" nos festivais da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor). O nome, que antes era parte do imaginário do bairro Vila União, se tornou símbolo das festas juninas em toda a capital.

E não foi só o Arraiá do Zé Testinha que cresceu ao longo dos anos - a cultura junina também se expandiu pelo país. Cada estado incorpora aspectos próprios de sua cultura nas festas juninas e reinventa as quadrilhas. Para Reginaldo, o Ceará exportou boa parte de sua influência para o resto do Brasil e ainda é o principal celeiro das quadrilhas juninas.

O grupo procura levar história e entretenimento para o público em suas apresentações. Um dos principais elementos da quadrilha é a incorporação de características e da memória do cangaço. O objetivo é aproximar o espectador da trajetória dos cangaceiros. "E passando sempre uma coisa alegre", Reginaldo acrescenta, pois, para ele, alegria e comprometimento devem ser transmitidos em cada uma das performances. Para os brincantes, fica o aviso: nada de tristeza!

Confira a entrevista** na íntegra:

*Você pode conferir a agenda do Arraiá do Zé Testinha no site oficial do grupo.

**Esta entrevista foi concedida nos estúdios da Rádio Universitária FM no dia 7 de junho de 2017.

A seção Entrevista teve produção e apresentação de David Nogueira, operação de áudio de José Raimundo Lustosa, orientação de Carolina Areal e Igor Vieira, coordenação de Caio Mota e direção de Nonato Lima.

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