27/12/16

Palhaçoterapia e Voluntariado

(Foto: Bruno Gomes)

A figura do palhaço é antiga. Diz-se que sua origem está datada há mais de quatro mil anos. De lá para cá, o palhaço evoluiu bastante. De servo da família real a artista de rua, ele conserva, nos tempos atuais, o seu dom maior: a arte de fazer bem ao outro. Não por acaso, a palhaçoterapia utiliza a imagem do palhaço como ferramenta de humanização no tratamento de pacientes. É tratar rindo, tocando, cuidando. O voluntário que se veste de palhaço é a ponte necessária entre médico e paciente, com o único objetivo de descongelar as relações e encorajar carinho.

Nesta semana, a seção Entrevista do site da Rádio Universitária FM traz um bate-papo com Sarah Monteiro e Matheus Sebbe, alunos integrantes do Projeto Y de Riso, Sorriso e Saúde, da Universidade Federal do Ceará (UFC); Márcio Vandré e Sollon Neto, voluntários da ONG Risonhos. Na conversa, falamos um pouco sobre palhaçoterapia, voluntariado e a necessária (e escassa) humanização dentro e fora dos hospitais.

No caso do Projeto Y, idealizado por alunos de Medicina da UFC em 2005 e integrado apenas por estudantes de cursos da área da saúde (Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Odontologia e Psicologia), a palhaçoterapia também é um exercício de ressignificar a universidade. “O que me levou a entrar na palhaçoterapia foi porque eu procurava formas de ressignificar tanto a faculdade quanto o mundo. E eu achava mais incrível poder juntar o voluntariado com a psicologia. O palhaço pode ressignificar muito o universo daquela criança e o momento também do hospital, da saúde e da pessoa”, comenta Sarah Monteiro, que é aluna de psicologia da UFC.

Criada em 2008, a ONG Risonhos foi a responsável por dar cor aos fins de semana de Márcio Vandré. “Comecei a olhar para os meus finais de semanas e ver que eles estavam muito vazios. Estava muito em casa, ocioso. E eu pensei assim: ‘O que eu posso fazer para otimizar esse tempo? Realmente me sentir parte da sociedade?’ Foi aí que eu procurei a ONG e ela realmente foi uma ressignificação da minha vida”, comenta.

Ouça a entrevista completa a seguir:


*Entrevista realizada nos estúdios da Rádio Universitária FM no dia 8 de dezembro de 2016.

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