Em meados de 1976, foi descoberta uma reserva de urânio e fosfato em Itataia, no município de Santa Quitéria (CE). À época, o governo brasileiro buscava modernizar o país e os investimentos em matrizes energéticas eram um dos principais meios para chegar a este objetivo. Após anos de pesquisa, em 1988, foram permitidas as explorações nas reservas com o intuito de conseguir retorno financeiro.
Desde então, a discussão em torno desta exploração e da possível construção de uma instalação nuclear gera polêmicas. Por um lado, as empresas responsáveis pelas pesquisas na reserva, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e o Grupo Galvani, afirmam que os impactos ambientais não serão tão gravosos e que as atividades ligadas à instalação nuclear levarão desenvolvimento ao município de Santa Quitéria. Por outro lado, coletivos, organizações não-governamentais e moradores da região defendem que um trabalho realizado nestas jazidas acarretará em muitos impactos negativos.
Dentre estes coletivos, a Urucum - Direitos Humanos, Comunicação e Justiça lançou recentemente a HQ Ceará Antinuclear, fruto de uma oficina de quadrinhos. A HQ Ceará Antinuclear nasce como uma forma de contar, de maneira didática, a história das jazidas e seus impactos. Para tratar desse assunto, a Rádio Universitária FM conversou com Bruna Forte e Leonardo Araújo, associados à Urucum, e são eles os convidados da seção Entrevista* desta semana.
A HQ Ceará Antinuclear pode ser encontrada na sede do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA), na Rua Deputado João Lopes, 83 e também neste link.
*Entrevista concedida no dia 17 de maio, nos estúdios da Rádio Universitária FM.
