24/11/17

Jorge Cardoso e a dedicação ao bandolim

Além de estudos sobre o instrumento, Jorge ministra a Oficina de Choro, que propõe um passeio pelo trabalho dos mestres bandolinistas de várias épocas (Foto: Mariana Paim)

Um instrumento que através dos tempos foi se transformando e, na mão de seus intérpretes, ganhando novas personalidades. Em suas mais diferenciadas formas e variações, o bandolim já foi instrumento das composições de Vivaldi e teve na sonoridade única de Jacob do Bandolim, um de seus grandes representantes no Brasil.

Nesta semana, o Ceará Sonoro recebe Jorge Cardoso, bandolinista, compositor e pesquisador. Diplomado em bandolim clássico pelo Conservatório Giuseppe Verdi, o instrumentista deu seus primeiros passos na música de forma autodidata e aos 14 anos já dedilhava seu primeiro bandolim, um presente de sua mãe.

Em 1986, Jorge conheceu seu primeiro mestre, Elismar Holanda Pontes, outro grande incentivador de sua carreira musical e figura que conviveu com o próprio Jacob do Bandolim e foi aluno de Luperce Miranda, consagrado bandolinista pernambucano. Posteriormente, o instrumentista teve como mestre Marco César Oliveira Brito, arranjador, compositor e, também, bandolinista pernambucano.

Além de desenvolver, há mais de duas décadas, um trabalho musical de alcance internacional e nacional com três álbuns publicados, Jorge Cardoso também realiza estudos acadêmicos sobre o bandolim e a Música Popular Brasileira.

Arquitetura e Música

Arquiteto por formação e funcionário público. Jorge é mais um músico que, assim como Chico Buarque, Tom Jobim, Fausto Nilo e Danilo Caymmi, desafia a aparente diferença entre duas áreas tão diversas. Ele afirma, contudo, que arquitetura e música tem muitas semelhanças. "Na arquitetura você tem a forma, música tem forma. Na arquitetura você tem o ritmo, o parcelamento a simetria, música também. Os movimentos da arte, eles se entrelaçam em vários segmentos, é uma coisa multidisciplinar. E a arquitetura faz parte dessa lente.", conclui.

Confira a entrevista*:

*Esta entrevista foi concedida nos estúdios da Rádio Universitária FM em 16 de março de 2017.

A seção Ceará Sonoro teve produção e apresentação de Marco Fukuda; operação de áudio de José Raimundo Lustosa; produção de texto e edição de áudio de Emanuel Silva; orientação de Carolina Areal e Igor Vieira; coordenação de Caio Mota; e direção de Nonato Lima.

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